Invest

Pílula contra obesidade: Eli Lilly tem bons resultados em estudo; ações sobem 11%

Medicamento oral da farmacêutica mostrou eficácia similar à de injeções como Ozempic

Eli Lilly (Sascha Lotz/picture alliance /Getty Images)

Eli Lilly (Sascha Lotz/picture alliance /Getty Images)

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 17 de abril de 2025 às 09h53.

As ções da farmacêutica americana Eli Lilly dispararam no pré-mercado após a divulgação de resultados positivos de um estudo com sua pílula experimental para diabetes tipo 2 e perda de peso, chamada orforglipron.

O medicamento oral da Eli Lilly demonstrou eficácia comparável à de injeções populares da classe GLP-1, como Ozempic, da rival Novo Nordisk, reforçando a expectativa por uma alternativa sem agulhas nesse mercado avaliado em mais de US$ 150 bilhões por ano.

No estudo, pacientes com diabetes perderam, em média, 7,9% do peso corporal — o equivalente a cerca de 7,3 kg — após 40 semanas de tratamento com a dose mais alta da pílula. A redução foi superior à registrada com Ozempic em pacientes diabéticos, que gira em torno de 6%. Além disso, a orforglipron ajudou a reduzir a glicemia em até 1,6%, embora esse resultado tenha ficado abaixo das projeções.

A resposta do mercado foi imediata. Por volta das 8h55 no pré-mercado de Nova York, as ações da Eli Lilly subiam 10,9%, enquanto os papéis da Novo Nordisk recuavam 4,6%.

“O fato de termos atingido os objetivos em segurança, controle glicêmico e perda de peso reforça nosso otimismo com o potencial do orforglipron”, afirmou David Ricks, CEO da Eli Lilly, em comunicado. Segundo ele, a expectativa é de apresentar novos dados ao longo do ano e pedir aprovação regulatória para obesidade até o fim de 2025, com possível lançamento em 2026.

Apesar do entusiasmo, cerca de 8% dos pacientes interromperam o uso da pílula devido a efeitos colaterais, como náuseas, vômitos e diarreia. Os números, no entanto, estavam dentro do esperado: relatórios anteriores previam taxas de descontinuação de até 9% nos tratamentos diários.

Nesta semana, a Pfizer já tinha anunciado que vai encerrar o desenvolvimento de sua pílula experimental para perda de peso, o danuglipron, após um paciente apresentar uma possível lesão no fígado durante um ensaio clínico.

Acompanhe tudo sobre:Eli LillyOzempicNovo NordiskObesidadeDiabetesAções

Mais de Invest

Bernard Arnault será CEO da LVMH até os 85 anos, decidem acionistas do conglomerado de luxo

Feriado prolongado, reunião do Banco Central Europeu e IPC-Fipe: o que move o mercado

Netflix abandona números de assinantes e aposta em novos indicadores para conquistar Wall Street

Bolsas asiáticas descolam de Wall Street e operam em alta; mercados europeus caem